Tamarindo

tamarindeiro

Nome científico
Tamarindus indica L.

Família
Fabaceae

Características morfológicas:

Árvore de até 30 m de altura, de copa de 12 m de diâmetro.

tronco de até 2,38 m de diâmetro, de casca cinza-escuro, áspera e fissurada.

folhas de coloração verde-clara, sem pelos, compostas por 10-18 pares de folíolos elípticos de 12-25 mm por 5-6 mm de largura, que se dobram à noite.

flores alvas ou rosadas, agrupadas em cachos irregulares dispostos na ponta dos ramos, dotadas de 5 pétalas, dentre as quais 2 são menores e de diferente coloração, sendo amarelas com listras alaranjadas ou vermelhas.

fruto vagem alongada, achatada e com reentrâncias, reta ou curva, de 2,5-7 de comprimento por 2-3,2 cm de diâmetro, de cor castanho-escura, de casca rígida e espessa, de polpa suculenta, amarelo-escura e de sabor ácido-adocicada, dotado de 1-10 sementes.

semente dura, marrom, brilhante, ligeiramente quadrangular, de 1,1-1,25 cm de diâmetro, encapsulada por uma membrana rígida, translúcida e fina.

floração ocorre entre os meses do verão, de dezembro a março. Os frutos amadurecem na primavera, no período setembro-dezembro.

uso/árvore ornamental, de grande beleza e de boa sombra, recomendada para arborização urbana e de estradas, apesar de apresentar um crescimento lento.

uso/madeira amarelo-clara na camada exterior, e castanho-escuro de tom arroxeado no cerne, muito dura, pesada, resistente e durável, muitas vezes é vendida como mogno. Apesar de difícil de se trabalhar, é bastante apreciada no fabrico de móveis, rodas, painéis, eixos, engenhos, arados, barcos, poços, batentes, cabos de ferramentas e pilões em geral. Também serve para a construção civil e fornece excelente carvão e lenha.

uso/outras utilidades o fruto é comumente usado como laxativo, além de ser indicado para infecções estomacais, no fígado e vesícula biliar. Pode ser consumido na forma de fruta, extrato, xarope, balas o outros doces. Constitui importante ingrediente na culinária indiana. As folhas e as flores fornecem corante amarelo e a polpa fixador de cor, na tinturaria de tecidos. Também na tecelaria, o pó das sementes dão o acabamento para o algodão, a juta e a viscose. Outras atividades industriais fazem uso desse pó, no curtume, na manufatura de plástico, como cola de madeira, estabilizante de tijolos etc. Há também um óleo extraído das sementes muito usado como iluminador e verniz para pintura de bonecas e bibelôs, e também empregado na culinária. Os ramos e galhos fazem excelentes bengalas. Também masca-se a casca da árvore. As flores servem à apicultura.

obtenção de sementes Colha os frutos quando estiverem maduros, ou seja, quando a casca estiver marrom e quebradiça, a polpa marrom e pegajosa e as sementes duras e lustrosas. Ademais, o fruto maduro produz um som oco quando tocado com os dedos. Selecione os frutos mais sadios e pouco danificado.  Leve-os para secar ao sol por 5-7 dias, revolva-os periodicamente para uniformizar a secagem. A extração das sementes é feita manualmente, com a retirada da casca, sendo posteriormente lavadas em água corrente, para remoção da polpa. Imediatamente antes da semeadura, escarifique e embeba a semente em água limpa por 24 horas.

produção de mudas Coloque as sementes para germinar em canteiros contendo substrato arenoso. Irrigue periodicamente. A emergência ocorre em 5-10 dias, mas as plântulas demoram 1 mês para emergir do solo. Plante as mudas em local definitivo, quando estiverem com 30-40 cm de altura. O tamarindeiro se adapta melhor em áreas abertas e ensolaradas, e em solos leves, bem drenados, ou seja, livres de inundação.

referêcia bibliográfica PEREIRA, P.C.; MELO, B.; FRANZÃO, A.A.; ALVES, P.R.B. “A CULTURA DO TAMARINDEIRO (Tamarindus indica L.)”. Publicação Eletrônica: Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Ciências Agrárias, Núcleo de Estudo de Fruticultura no Cerrado | SOUZA, Patrícia Medeiros de; GRADIM, Mariana; SILVA, Everton Macedo; PARISI, Gabriella Pernambuco; NASCIMENTO, Gyzelle Pereira Vilhena do. “Tamarindus indica (Tamarine®)”, Universidade de Brasília – UnB, Faculdade de Ciências da Saúde – FS, Farmácia Clínica/ Hospitalar, 2006 | Morton, J. “Tamarind” In: “Fruits of warm climates”. 1987: Julia F. Morton, Miami, FL, p. 115–121