Biriba

O nome da árvore já nos remete ao som desse instrumento tão popular no Brasil: o berimbau. Pois não é por acaso, é da Biriba que se faz o melhor berimbau, dizem os percussionistas e artesãos especializados no instrumento. Regina Casé foi até a Bahia conhecer a Biribá e saber um pouco mais da história do berimbau e da capoeira, essa mistura de luta e dança tão praticada no Brasil.

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Biriba

imbiriba, biribá-branca, biribá-preta, tauarisinho, ibirabá, sapucainha

Nome científico
Eschweilera ovata (Cambess.) Mart. ex Miers

Família
Lecythidaceae

Características morfológicas:

Árvore mede entre 4 e 18 metros de altura, possui uma copa bastante densa e em forma de pirâmide.

tronco reto e cilíndrico, de 40-60 cm de diâmetro, revestido por casca grossa com fissuras longitudinais superficiais.

folhas elípticas, de 5-14 cm de comprimento por 3-6 cm de largura, sem pelos em nenhuma das faces, apresentam consistência de couro, têm entre 8 e 10 pares de nervuras laterais em cada folha.

flores amarelas a brancas, muito perfumadas, de 3-4 cm de diâmetro, com 6 pétalas e estame em forma de capuz. Sustentam-se sobre um eixo alongado, geralmente sem ramificação, de 3-12cm de comprimento, como uma espiga.

fruto seco, tipo cápsula, de 2,5-3,5 cm de largura por 2,5-4,0 cm de comprimento, que se abre quando maduro liberando, pela força da gravidade, entre 1 e 4 sementes.

semente listrada e parcialmente envolta por uma cobertura espessa e amarelada.

floração Floresce durante o ano todo, predominantemente entre os meses setembro e dezembro. A maioria dos frutos amadurece em março-junho.

uso/árvore ornamental, indicada para uso paisagístico. Também recomendada para a composição de reflorestamentos mistos destinados à recuperação da vegetação de áreas degradadas.

uso/madeira pesada, de média dureza, compacta, uniforme, resistente e moderadamente durável. Utilizada na construção civil e naval, para dormentes, moirões, estacas, bem como para serviços de marcenaria e, principalmente, para o fabrico do arco do berimbau.

uso/outras utilidades a semente, do tipo castanha, é comestível e muito procurada por morcegos frugívoros.

obtenção de sementes Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea. Em seguida deixá-los secar à sombra até completar a abertura e liberação das sementes. 1 kg de sementes contém aproximadamente 550 unidades.

produção de mudas Assim que colhidas as sementes, colocá-las para germinação em embalagens individuais dotadas de substrato organo-arenoso. Cobri-las com 1 cm desse substrato peneirado. Mantê-las em ambiente à sombra e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 4-5 semanas e a taxa de germinação geralmente é baixa. O crescimento das plantas é moderado.

referêcia bibliográfica “Exemplos Regionais de Plantas”. Projeto Qualibio, Universidade Federal da Bahia | LORENZI, Harri. “Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil”. Vol. II. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.136 | Smith, N. P., Mori, S. A., Prance, G. T. 2010. “Lecythidaceae” in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro | “Eschweilera ovata (Cambess.) Mart. ex Miers” in “Lecythidaceae Pages” | GUSSON, Eduardo. "Uso e diversidade genética em populações naturais de biribá (Escweilera ovara [Cambess.] Miers] : subsídios ao manejo e conservação da espécie". Dissertação de mestrado, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2003, pg. 91.

Biriba

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