Xaxim

Quem nunca ouviu falar ou nunca viu um Xaxim? Sim, aquele vaso onde, normalmente, plantamos samambaias e avencas? Pois o Xaxim não é só vaso não. Trata-se de uma espécie milenar, natural da Mata Atlântica e que corre sério risco de extinção. O \"Um pé de quê?\" fez uma verdadeira investigação para conhecer melhor essa espécie tão importante.

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Xaxim

samambaiaçu-imperial, xaxim, xaxim-verdadeiro ou xaxim-bugio.

Nome científico
Dicksonia sellowiana Hook.

Família
Dicksoniaceae

Características morfológicas:

Árvore do grupo das pteridófitas, uma samambaia arborescente, de 1-6 m de altura

tronco de 10-120 cm de diâmetro, formado por diversas camadas de raízes adventícias, que nascem do caule e se entrelaçam, e marcado pelas bainhas de folhas que secaram e caíram ao longo do crescimento da planta.

folhas compostas, bipinadas, de até 2,40 m de comprimento. O surgimento de pontinhos escuros na face inferior das folhas das samambaias indica que a planta está em fase de reprodução. Nem todas as folhas são férteis e apresentam os tais pontinhos, chamados de esporângios, que encerram numerosos, pequenos e leves esporos. Quando os esporos amadurecem, os esporângios se abrem. Então os esporos caem no solo úmido, germinam e desencadeiam o processo de reprodução.

flores ausentes.

fruto ausente.

semente ausente.

floração as novas folhas brotam principalmente na primavera, mas desde o outono se percebem esporângios fechados sob as folhas férteis. A maioria das plantas libera os esporos, com uma sincronia mais elevada, no verão. De uma maneira geral, o período de maturação dos esporos, desde o surgimento dos esporângios, é de aproximadamente 120 dias.

uso/árvore utilizada pelo paisagismo em geral.

uso/madeira fibrosa. Empregada na fabricação de vasos, placas, palitos e substrato para o cultivo de bromélias e orquídeas.

uso/outras utilidades As folhas são usadas contra sarna, coceira no corpo e solitária pelos índios brasileiros. Também servem como fonte de fibras e parecem ter valor medicinal no sistema respiratório. Já existe até patente que reserva o direito sobre o uso e os processos de obtenção - a partir das folhas, do caule, do miolo ou da raiz - do extrato, da seiva, da tintura, da massa e de outros produtos derivados do Xaxim, que tenham emprego na medicina, na fitoterapia, na alopatia, na veterinária, nas indústrias farmacológica, alimentícia e cosmética, e na nutrição.

obtenção de sementes Coletar folhas férteis, dotadas de esporângios fechados, e secá-las, sobre papel de filtro, em temperatura ambiente e durante 72 horas, para induzir a abertura dos esporângios e liberação dos esporos. Posteriormente, separar os esporos dos esporângios, com auxilio de um pincel. Filtrar o material em entretela de papel e armazenar os esporos em frascos de vidro hermeticamente tampados, sob refrigeração a 6-8º C. Os esporos permanecem viáveis por 4,5 anos.

produção de mudas Para evitar a contaminação por fungos, há necessidade de esterilizar superficialmente os esporos com concentrações de hipoclorito antes de colocá-los para germinar. Os esporos, armazenados sob refrigeração durante 2 anos, produzem gametófitos, uma versão simples e subterrânea da planta, em 12-15 dias de cultivo, com um índice de 70% de germinação. Em 3 meses, transfira os gametófitos para bandejas de polietileno transparente com tampa, em número de 50 por bandeja, contendo composto comercial Húmus. Mantenha as bandejas em sala de crescimento, à 23-27ºC, iluminadas pelo uso de lâmpadas fluorescentes brancas em regime de 16h de luz diárias. 3 meses depois já é possível identificar o desenvolvimento de indivíduos adultos, denominados esporófitos, com a expansão da 1ª folha. Mais 7 meses e boa parte dos gametófitos tornam-se esporófitos, momento propício para transferir os indivíduos para vasos de 125mL, contendo o composto comercial Húmus e acondicionados em bandejas plásticas transparentes com tampa, para evitar ressecamento e mantidos nas mesmas condições anteriormente citadas. Em 2 meses os esporófitos já apresentam 4 folhas e poderão ser transplantados em local definitivo. O desenvolvimento da planta é lento.

referêcia bibliográfica Condack, J.P.S. 2010. Dicksoniaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro | SCHMITT, Jairo Lizandro; SCHNEIDER, Paulo Henrique and WINDISCH, Paulo Günter. Crescimento do cáudice e fenologia de Dicksonia sellowiana Hook. (Dicksoniaceae) no sul do Brasil. Acta Bot. Bras. [online]. 2009, vol.23, n.1 [cited 2010-09-27], pp. 283-291 | BEGNINI, Romualdo Morelatto; e RANDI, Áurea Maria. “Viabilidade de Esporos de Dicksonia sellowiana Hook. (CYATHEALES, DICKSONIACEAE) E Rumohra adiantiformis (FORST.) CHING (POLYPODIALES, DRYOPTERIDACEAE) Armazenados sob Refrigeração” in “Revista de Botânica”. INSULA, Florianópolis, n. 38, p. 15-27, 2009 | “Pteridófitas: Diversidade e Conservação” site do Departamento de Botânica - ICB, da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG | BORA, Karina; MIGUEL, Obdúlio Gomes; ANDRADE, Cláudia Alexandra; OLIVEIRA, Antonio Otávio T. de. “DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE POLIFENÓIS E DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE DAS DIFERENTES FRAÇÕES DO EXTRATO DE FOLHAS DE Dicksonia sellowiana, (Presl.) Hook, DICKSON IACEAE”. Visão Acadêmica, Curitiba, v.6, n.2, Jul. - Dez./2005 - ISSN: 151 8-51 92 | “Patente nº PI0301799-0” in “Patentes Online”.

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