Açacu

A arquitetura e a árvore de açacu compõem a temática deste programa.Vamos ver como essa árvore de madeira frágil viabiliza a construção da “cidade flutuante”, que cresce sobre os rios da Amazônia, paralelamente ao desenvolvimento da “Paris dos Trópicos”, da opulenta Manaus. Regina Casé mostra-nos de perto essas casas populares, de arquitetura simples e integrada à natureza, que foram palco de filmes da década de 60, e, também, como vivem as pessoas que possuem suas raízes “fincadas” nas águas manauenses.

Compartilhe


  • twitter
  • facebook
Nova Busca
      identifique pelo guia visual identifique pelo visual

Açacu

assacu, assacuzeiro, ussacu

Nome científico
Hura crepitans L

Família
Euphorbiacceae

Características morfológicas:

Árvore espinhenta, de 20-30 m de altura, que sangra látex venenoso, dotada de copa grande, arredondada e densamente coberta por folhas.

tronco de 50-100 cm de diâmetro.

folhas simples, finas, de 6,5-11 cm de comprimento por 5-11 cm de largura, com a forma de coração e consistência de couro, de coloração verde-escura em ambas as faces, sem pelos e sustentadas por uma longa haste, de 6-14 cm de comprimento

flores quando masculinas, agrupam-se em cachos de 3-6 cm de comprimento por 2 cm de largura, dispostos na ponta de hastes de 5-10 cm de comprimento, em número de 60-80 pequenas flores vermelhas, de 4-5 mm de diâmetro cada. As flores femininas, vermelhas e em forma de trombeta, aparecem sozinhas, sustentadas por uma haste de 5 cm de comprimento, localizada sob as axilas das folhas.

fruto seco e oco, dotado de 12-15 gomos, parecendo uma abóbora de 3-4 cm de altura por 6-8 cm de diâmetro, do tipo cápsula lenhosa, que se abre explosiva e espontaneamente, liberando as sementes, que se alojam uma por gomo.

semente de 1,5-2 cm de diâmetro, achatada, com forma de disco, na cor creme-acinzentada, dotada de pequenas manchas escuras, e envolta por um tecido rígido, com consistência de couro.

floração ocorre entre os meses de outubro e janeiro. Os frutos amadurecem a partir de fevereiro.

uso/árvore apesar de espinhenta, é bastante ornamental e produz ótima sombra, podendo ser utilizada na arborização e no paisagismo.

uso/madeira leve, macia e de fácil apodrecimento. Empregada na construção civil, para forros, obras internas, para a confecção de cepas de tamancos, compensados, palitos de fósforo, caixotaria e para a produção de pasta celulósica. Deixa-se sangrar a árvore toda, antes de abatê-la.

uso/outras utilidades Povos indígenas, como a etnia Apurinã do Amazonas, empregavam o “suco do assacu” para envenenar as ponteiras das flechas. O látex foi utilizado no Pará como tratamento de pacientes com lepra. O contato da pele com o látex, porém, causa irritação, formando bolhas; o contato com os olhos, causa conjuntivite e dor; com o sistema digestivo, provoca náuseas e vômito, bem como queimação na boca e na faringe. O óleo extraído das sementes desidratadas podem ser utilizados como purgante, mesmo assim é perigoso o manejo e a dosagem.

obtenção de sementes Colher os frutos da árvore, quando iniciarem a abertura espontânea, o que é facilmente notado pelo estalo decorrido da abertura explosiva dos frutos. Em seguida, levá-los ao sol para completar o processo de liberação das sementes. Melhor cobrir os frutos com tela protetora durante esse processo.

produção de mudas Colocar as sementes para germinar em recipientes individuais contendo substrato organo-argiloso e mantê-los em ambiente semi-sombreado. Melhor irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 30-40 dias e a taxa de germinação geralmente é alta. Transplantar as mudas para o local de plantio definitivo em 4-5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido, alcançando facilmente 4 m de altura aos 2 anos.

referêcia bibliográfica Cordeiro, I., Secco, R., Cardiel, J.M., Steinmann, V., Caruzo, M.B.R., Riina, R.G., Lima, L.R. de, Maya-L., C.A., Berry, P., Carneiro-Torres, D.S., Pscheidt, A.C. 2010. Euphorbiaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro

CUNHA, Ana Zoé Schilling da. Hanseníase: aspectos da evolução do diagnóstico, tratamento e controle. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2002, vol.7, n.2 [cited 2010-08-19]

FRANCIS, John K. “Hura crepitans L. Sandbox, Molinillo, Jabillo”. SO-ITF-SM 38, Novembro 1990

“HURA CREPITANS L. - SANDBOX TREE”. Tropilab Inc

Justiniano, M. Joaquín; Fredericksen, Todd S."ECOLOGIA Y SILVICULTURA DE ESPECIES MENOS CONOCIDAS - Ochoó - Hura crepitans L., Euphorbiaceae". PROYECTO DE MANEJO FORESTAL SOSTENIBLE BOLFOR. 2000: Santa Cruz, Bolivia

Kroemer, Gunter. “Cuxiuara – O Purus dos indígenas – Ensaio etno-histórico e etnográfico sobre os índios do médio Purus”. Edições Loiola, São Paulo/SP, 1985.Citado em “Povos Indígenas: Etnia Apurinã”, Fundação Nacional do Índio

LORENZI, Harri. “Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil”. Vol. I. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.103

PLANTAS TÓXICAS-VENENOSAS

Açacu

Saiba mais como mudar o mundo
Nova Busca
      identifique pelo guia visual identifique pelo visual