Cajá-Mirim

Incêndios, derrubadas e exploração predatória marcaram a história das florestas no Brasil. Neste Um Pé de Quê? conheça a Mata Atlântica, a floresta que serviu de inspiração para Tom Jobim, e o Cajá-mirim, árvore até então coadjuvante de tantos cenários, e que atualmente desfila o status de protagonista absoluta da recomposição desse bioma.

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Cajá-Mirim

taperebá, taperibá, cajazeiro, cajá-pequeno, cajazeiro-miúdo, acaja, imbuzeiro, acajaíba, acaíba.

Nome científico
Spondias mombin L.

Família
Anacardiaceae

Características morfológicas:

Árvore de 20-25 m de altura, dotada de copa baixa e densa muito característica.

tronco curto e muito ramificado, revestido por casca rugosa, de 40-60 cm de diâmetro.

folhas compostas, em cada haste encontram-se 5-9 pares de folíolos oval-alongados, de 9-11 cm de comprimento.

flores compostas, agrupadas em cachos na extremidade dos ramos, muito pequenas e esbranquiçadas.

fruto esférico ou elíptico, de 3 a 6 centímetros de comprimento por 2 a 2,5 centímetros de diâmetro, de casca fina e lisa e de cor amarelo-alaranjada quando maduro. Fruto dotado de uma única semente, envolto por uma polpa suculenta, macia e fibrosa, de sabor adocicado e levemente ácido.

semente ovóide, de 2,5 cm de comprimento por 1,5 cm de diâmetro.

floração a partir do final do mês de agosto, junto com o surgimento da nova folhagem, e até dezembro, surgem as flores. A maturação dos frutos ocorre durante os meses de outubro-janeiro.

uso/árvore usada para sombreamento permanente do cacaueiro nas plantações do sudeste da Bahia. Também recomendada para reflorestamentos ecológicos.

uso/madeira leve, mole, fácil de trabalhar e de razoável durabilidade. Própria para marcenaria e carpintaria, sendo muito empregada na região norte para a construção de pequenas embarcações.

uso/outras utilidades os frutos são muito apreciados na região norte do Brasil, sendo consumidos ao natural, como sucos e sorvetes, e utilizados no preparo de vinhos e licores. A flor é melífera, ou seja, boa para apicultura. A planta traz vários usos medicinais. A fervura da casca e das raízes combate diarreias, hemorróidas e náusea. A fervura das flores serve para curar doenças dos olhos e da laringe. O suco da fruta estimula o funcionamento dos rins. Já o chá das flores e das folhas alivia dores de estômago, cistites, inflamações da garganta e dos olhos, e atua como tônico cardíaco, relaxante muscular e estimulante sobre a atividade uterina. Devido às propriedades antiviróticas do Cajazeiro, a Universidade Federal do Ceará lançou um medicamento para o combate ao vírus da herpes I e II, a base de um extrato alcoólico obtido de suas folhas.

obtenção de sementes Os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea ou recolhidos no chão logo após a queda, e imediatamente semeados, assim inteiros. Pode-se despolpar os frutos com mais facilidade, colocando-os todos em um saco plástico, até a decomposição parcial da polpa. Lavar as sementes em água corrente e, em seguida, secá-las ao sol.

produção de mudas Colocar as sementes ou frutos para germinação, logo que colhidos, em recipientes individuais contendo substrato organo-arenoso e mantidos em ambientes semissombreado. Melhor irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 20-40 dias e a taxa de germinação geralmente é elevada. O desenvolvimento das mudas é rápido, ficando prontas para o plantio no campo em menos de 6 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é também rápido.

referêcia bibliográfica BRITO, Carlos Henrique de et al. Tratamento térmico de frutos da cajazeira utilizando vapor dágua, visando ao controle de Ceratitis capitata e à qualidade do fruto. Cienc. Rural [online]. 2009, vol.39, n.2 [cited 2010-09-07], pp. 407-411 | “CAJAZEIRO” in PLANTAMED | FRANCIS, John K. “Spondias mombin L./ Jobo, Ciruela”. Previamente publicado en inglés: Francis, John K. 1992. “Spondias mombin L.” L. Hogplum. SO-ITF-SM-51. New Orleans, LA: U.S. Department of Agriculture, Forest Service, Southern Forest Experiment Station. 4 p. | LORENZI, Harri. “Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil”. Vol. I. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.9.

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