Guapuruvu
guapurubu, ficheira, bacurubu, guarapivu, guarapuvu, pataqueira, pau-de-vintém, pau-de-tambor, pau-de-canoa, paricá, breu, espanador-do-céu, fava divina, bacuruva, birosca, bandarra, faveira
Nome científico
Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake
Família
Fabaceae
Características morfológicas:
Árvore de 20-30 m de altura, de copa alta, aberta e de pouca sombra.
tronco de 60-80 cm de diâmetro, elegante, reto e cilíndrico, com ramificações apenas no alto, de casca cinzenta quando adulta e verde quando jovem, dotada de verrugas e de leves e visíveis marcas transversais em relevo. Casca interna esbranquiçada com textura fibrosa.
folhas compostas bipinadas, de cuja haste central (de 80-100 cm de comprimento) surge um conjunto de 20-50 pares de pinas, que se estendem em hastes periféricas dotadas de 20-30 pares de pequenos folíolos elípticos, de 2-3 cm de comprimento, por 7-10 mm de largura cada, levemente brilhantes e de nervação nítida e saliente.
flores grandes e vistosas, de 5 pétalas vivamente amareladas, agrupadas em cachos terminais, ou seja, no topo de suas respectivas hastes centrais, que podem chegar a medir 30 cm de comprimento.
fruto vagem seca, elíptica, de consistência dura, marrom, de 10-15 cm de comprimento, que se abre espontaneamente quando madura, dispersando sua única semente.
semente elíptica, brilhante e muito dura, envolta por uma camada leve e fina como o papel, para que os ventos a carreguem.
floração a partir do final de agosto, com a planta totalmente despida de folhagem, prolongando-se até meados de outubro. Os frutos amadurecem em abril-julho.
uso/árvore em flor é bastante ornamental, porém não se recomenda seu plantio em áreas movimentadas, pois ramos e folhagens caem facilmente em dia de vento, podendo causar acidentes. É ótima para reflorestamentos de áreas degradadas.
uso/madeira muito leve, macia, lustrosa e de textura grossa e de baixa durabilidade sob condições naturais. Indicada para miolo de painéis e portas, brinquedos, saltos para calçados, formas de concreto, compensados, caixotaria leve e pesada.
uso/outras utilidades A casca possui tanino, podendo ser usada para curtir couro. Suas sementes são indicadas para o tratamento de lesões causadas por mordida de cobra peçonhenta.
obtenção de sementes Recolher os frutos do chão após sua queda espontânea. Em seguida retirar manualmente a semente de seu interior. Sua viabilidade em armazenamento é longa, podendo durar vários anos.
produção de mudas lixar uma área da superfície das sementes, ou fervê-las durante 4-10 minutos, para em seguida deixar de molho em água fria por 1-2 dias. Semeá-las diretamente em recipientes individuais contendo substrato argiloso. A emergência ocorre em 5-15 dias e a germinação é superior a 85%. O desenvolvimento das plantas no campo é muito rápida, atingindo facilmente 8-10 m de altura aos 2 anos.
referêcia bibliográfica LORENZI, Harri. “Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil”. Vol. I. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.164. | “Schizolobium parahyba(Vell.) Blake - Dados da Espécie” in “Identificação de Espécies Florestais”. Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais-IPEF.