Juçara

Neste Um Pé de Quê? conhecemos Juçara, a palmeira nativa da Mata Atlântica, que se encontra ameaçada de extinção por conta da extração predatória de seu delicioso palmito doce, e Pupunha, a palmeira que salvou a Juçara da extinção. Acompanhe Regina por esta surpreendente viagem e descubra tudo sobre o palmito.

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Juçara

içara, palmito-juçara, palmito-doce, ensarova, palmiteiro, ripa, ripeira, palmiteiro-doce

Nome científico
Euterpe edulis Mart.

Família
Arecaceae

Características morfológicas:

Árvore de copa irregular, chega a atingir até 20 m de altura.

tronco reto, cilíndrico, de 10 a 20 cm de diâmetro. Entre o término do tronco e a parte onde nascem as folhas, há uma seção verde, mais grossa. Dentro desta seção encontra-se a parte comestível da palmeira, o palmito juçara.

folhas alternas, em grupo de 8 a 15 folhas por árvore, com até 3 m de comprimento. Da haste central de cada folha, surgem 38 a 62 pares de estreitos e longos folíolos. A base das folhas no caule apresenta uma leve coloração castanha.

flores abundantes, amarelas e pequenas, com menos de 6 milímetros de comprimento cada uma, encaixadas sobre uma estrutura espessa e carnuda do tipo espiga, e sustentadas por uma haste central de 50-80 cm.

fruto pequeno, mede entre 1 e 1,4 cm de diâmetro, de cor preta, de casca lisa, interior carnoso e fibroso. A polpa escassa encerra apenas uma semente.

semente quase esférica, parda, entre o cinza e o amarelo, envolta por uma cobertura fibrosa, com até 10 mm de diâmetro.

floração ocorre de setembro a dezembro. Frutifica a partir de maio, podendo estender-se até agosto.

uso/árvore é uma palmeira esbelta, de grande serventia para o paisagismo.

uso/madeira leve, dura, resistente, de longa durabilidade quando em ambiente seco. Utilizada localmente como ripas e calhas nas construções rurais, empregada na confecção de chapas de aglomerado e celulose.

uso/outras utilidades O principal produto é o palmito mantido em conserva e largamente consumido na alimentação em todo o Brasil. As sementes e as folhas podem ser utilizadas em ração animal. As folhas ainda podem ser utilizadas como coberturas temporárias. A casca do fruto fornece tinta para tingimento de tecidos e o extrato do fruto gera um “vinho” semelhante ao do açaí. Como a palmeira produz pólen abundante, também pode ser utilizada para produção apícola.

obtenção de sementes Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no chão após a queda. Não há a necessidade de despolpá-los para semeadura.

produção de mudas Deixar as sementes de molho em água fria por 24h. Semeá-las em seguida em canteiros sombreados com substrato de serragem ou material orgânico. A germinação é superior a 80% e pode demorar de 30-70 dias. O desenvolvimento da planta é lento.

referêcia bibliográfica Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais-IPEF. “Dados da Espécie” | LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. Vol. I. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.279. | Palmeiras no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa (SP): Plantarum, 1996, p.140. | Marto, Giovana Beatriz Theodoro. “Euterpe edulis (Palmito-juçara)”. Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais-IPEF.

Juçara

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