Buriti

Neste programa, Regina Casé viaja até Minas Gerais para conhecer Seu Zito, um personagem vivo de João Guimarães Rosa, e seguir com ele pela vereda que inspirou a obra “Grande Sertão: Veredas”, até encontrar a estrela da paisagem: o Buriti.

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Buriti

coqueiro-buriti, miriti, caradá-guaçu, carandaí-guaçu, palmeira-dos-brejos

Nome científico
Mauritia flexuosa L.f.

Família
Arecaceae

Características morfológicas:

Árvore majestosa palmeira de caule solitário, de 20 a 30 m de altura. Há Buritis femininos, masculinos e hermafroditas.

tronco reto, cilíndrico, de 30 a 50 cm de diâmetro.

folhas reúnem-se no ápice do tronco em número de 20 a 30 por coroa, medem entre 3 e 5 m de comprimento por 2 a 3 m de largura. De cada ramo saem 3 ou mais folíolos, parecendo leques de plumas harmoniosamente arranjados na planta.

flores masculinas medem até 11mm de comprimento, têm cor laranja brilhante, são densamente arranjadas em hastes secundárias da inflorescência na forma de espiga, e apresentam 3 sépalas, 3 estames curtos e 3 estames longos. Já as flores femininas, também de cor alaranjada, são menores, medem aproximadamente 8mm de comprimento, apresentam 3 pétalas e 6 falsos estames, atrofiados e estéreis, sem pólen. Ambas as inflorescências formam-se em longos cachos, podendo a haste central chegar a 3 metros de comprimento.

fruto ovalado de 4-7 cm de comprimento, por 3-6 cm de diâmetro, recobertos por escamas de cor vinho-avermelhada. A polpa é amarelo-alaranjada e apresenta aspecto oleoso. Uma única planta pode conter até 7 cachos de frutos, com média anual de produção de 5000 frutos. Cada fruto contém entre 1 e 2 sementes.

semente grande, oval, muito dura e envolta por uma cobertura esponjosa. Contém uma amêndoa comestível no seu interior.

floração dura quase o ano inteiro, porém floresce com maior intensidade nos meses de dezembro a abril. A maturação dos frutos verifica-se principalmente nos meses de dezembro a julho.

uso/árvore considerada uma das mais belas palmeiras brasileiras, ideal para o paisagismo de grandes espaços e terrenos úmidos ou brejosos.

uso/madeira relativamente pesada e dura, de baixa durabilidade. Utilizada para a construção de trapiches em beira de rios.

uso/outras utilidades O Buriti produz anualmente grande quantidade de frutos, que podem ser consumidos ao natural, na forma de sucos, sorvetes, geleias, doces ou desidratados. Os talos e a palha de suas folhas são muito utilizados na cobertura de casas e ranchos, bem como no artesanato regional, para a confecção de cestos e móveis. Suas folhas são usadas para produção de esteiras, peneiras, móbiles. Os talos da folhas são usados para produção de esculturas e suas fibras para tecer redes de dormir. Os cocos escamosos são usados para ornamentação de arranjos florais. O uso medicinal está associado ao óleo extraído da polpa dos frutos, com propriedades energéticas, vermífugas e laxantes. O óleo também é utilizado contra queimaduras na pele, provocando alívio imediato e auxiliando na cicatrização, e como eficiente filtro solar. Tem sido empregado recentemente pela indústria cosmética entrando na composição de sabonetes, cremes e xampus. Antes de desabrocharem as flores, pode-se extrair da inflorescência um líquido adocicado que, fermentado, transforma-se no "vinho de buriti”. A medula do tronco fornece uma fécula semelhante ao sagu, presente na culinária local.

obtenção de sementes Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no chão após a queda. Não há a necessidade de despolpá-los para semeadura.

produção de mudas Colocar os frutos para germinação em canteiros sombreados com substrato arenoso rico em material orgânico. Melhor irrigar duas vezes ao dia. A germinação é moderada e pode demorar de 3 a 5 meses. O desenvolvimento das mudas, bem como da planta é lento.

referêcia bibliográfica LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. Vol. I. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.281. | Palmeiras no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa (SP): Plantarum, 1996, p.184. | Plantas e Ervas Medicinais e Fitoterápicos-PLANTAMED

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